“A transgressão e o populismo – ou a defesa do trans-populismo”, por Thomás Zicman de Barros
Sempre Um Papo convida Thomás Zicman de Barros para falar sobre “A transgressão e o populismo – ou a defesa do trans-populismo” no ciclo de debates “Mutações”, no Sempre Um Papo
O cientista político Thomás Zicman de Barros participa do ciclo de debates filosóficos “Mutações”, em Belo Horizonte, para falar sobre o tema “A transgressão e o populismo – ou a defesa do trans-populismo”. O evento é uma parceria entre o Sempre Um Papo e a Artepensamento, plataforma que publica ensaios filosóficos e políticos de autores brasileiros contemporâneos. O bate-papo acontece no dia 7 de agosto, segunda-feira, às 19h30, no Teatro José Aparecido de Oliveira, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos pelo site do Sympla.
A transgressão e o populismo – ou a defesa do trans-populismo
O debate recente sobre o populismo repõe na ordem do dia os trabalhos de Georges Bataille acerca da noção de transgressão. Na busca por definir o que seria o populismo da nossa época,experimentado como um mal-estar difuso e difícil de se conceituar, muito se fala sobre o apelo ao “povo”, em uma luta contra as “elites”. Mas há algo a mais no populismo. Quando movimentos ditos populistas têm líderes, trata-se de figuras que rompem com as normas estabelecidas que regulam como se comportar na política – em outras palavras, figuras transgressoras.
Para além disso, no entanto, há outra forma de transgressão no populismo. Uma transgressão que, seguindo Jacques Rancière, pode ser definida como estética, ligada ao fato de que o populismo traz à cena pública setores marginalizados, excluídos da política. Setores que até pouco tempo não tinham voz e que, ao irromper na esfera pública, instalam uma crise “ontológica”, transformam as coordenadas pelas quais se lê o mundo. Nesse contexto, Bataille surge como uma referência incontornável para se falar de populismo, de sua força política, de suas expressões emancipadoras, mas também de suas derivas reacionárias.
Thomás Zicman de Barros é um cientista político, professor e pesquisador associado ao Centro de Pesquisas Políticas da Sciences Po Paris. Obteve seu doutorado em teoria política na mesma instituição, com enfoque na intersecção entre política e psicanálise. Além disso, é diretor do Grupo de Especialistas em Populismo da Political Studies Association em Londres. Conta com uma extensa lista de publicações acadêmicas em revistas internacionais e é um colaborador frequente em veículos de imprensa.
Sempre um Papo – 37 anos
Criado em Belo Horizonte, em 1986, pelo jornalista Afonso Borges, o Sempre Um Papo é um projeto cultural que realiza encontros entre importantes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros – ou de forma digital, pelo canal no YouTube. Ao longo de sua trajetória, o projeto já aconteceu em 30 cidades e promoveu mais de 8 mil eventos, que reuniram um público superior a 2 milhões de pessoas.
O Sempre Um Papo é viabilizado através do patrocínio do Instituto Cultural Vale e Cemig, via Lei Federal de Incentivo à Cultura do Minstério da Cultura. O Ciclo de Debates “Mutações” é realizado pelo Artepensamento e o Sesc, com o apoio institucional da Embaixada da França no Brasil. Apoio cultural da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Circuito Liberdade, Minas Literária, Descentra Cultura e Secretaria de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais.
Serviço:
Thomás Zicman de Barros participa do ciclo de debates “Mutações”, no Sempre Um Papo
Dia 7 de agosto, segunda-feira, às 19h30
Local: Teatro José Aparecido de Oliveira (Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais – Praça da Liberdade)
Informações: www.sempreumpapo.com.br
Informações para a imprensa:
Jozane Faleiro – jozane@sempreumpapo.com.br / 31 992046367