Lançamento do Guia Cultural do Serro e de nova edição do Setenário das Dores de Nossa Senhora, de Alphonsus de Guimaraens, acontece na próxima segunda, 26 de novembro, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em Belo Horizonte
Belo Horizonte, recebe, na próxima segunda, 26 de novembro, o lançamento de duas publicações de fundamental importância para o resgate do patrimônio turístico, cultural e literário de Minas Gerais: o Guia Cultural do Serro e o Setenário das Dores de Nossa Senhora, uma reedição da obra publicada em 1899 pelo poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens. O evento, que contará com a presença do secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo de Araújo Santos e representantes da família do poeta, tem início às 19h, no Teatro José Aparecido de Oliveira, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais (Praça da Liberdade, 21 – Funcionários). Ambas as publicações são da editora Casa Sol Invictus.
De acordo com o secretário Angelo Oswaldo, “Alphonsus de Guimaraens une as cidades de Ouro Preto, Conceição do Mato Dentro e Mariana, nas quais viveu a infância, a maturidade e o desfecho de sua breve existência. O Serro, antiga Vila do Príncipe, ilumina-se com a poesia do grande simbolista para revelar a riqueza de seu patrimônio artístico e a religiosidade de suas tradições. É emocionante sentir no verso de Alphonsus a síntese do sentimento mais profundo de Minas”.
GUIA CULTURAL DO SERRO
O Guia Cultural do Serro dá início à série Circuito Cultural do Diamante, que englobará, ainda, os guias culturais de Conceição do Mato Dentro e Diamantina/Minas Novas, todos baseados na atualização da pesquisa feita pelo escritor Affonso Ávila, que, entre 1978 e 1981, comandou uma expedição de especialistas seguindo os passos do famoso naturalista
“O Guia Cultural do Serro é uma publicação que, de certo modo, presta uma homenagem ao grande naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, que, dois séculos atrás, passou pela região do Serro, na época a maior Comarca de Minas Gerais, revelando os tesouros culturais existentes e bem preservados até hoje. Na década de 1970, outro grande intelectual mineiro, Affonso Ávila, fez o mesmo percurso levantando os monumentos históricos, arquitetônicos e artísticos dessa região a que ele denominou Circuito do Diamante. Por fim, nossa publicação é uma continuidade do trabalho desses dois personagens, atualizando a pesquisa e ampliando os bens culturais registrados. Mantivemos o trabalho sério de pesquisa histórica e modernizamos o formato de divulgação, adotando uma linha editorial mais próxima dos guias de viagem, com farta ilustração e informações turísticas”, explica Antônio Nahas Junior, organizador do Guia Cultural do Serro e vice-presidente da Casa Sol Invictus.
A publicação traz o histórico da chegada dos primeiros bandeirantes até os dias de hoje. O Guia dá destaque aos monumentos históricos, arquitetônicos, artísticos e para as manifestações do patrimônio imaterial, como celebrações, festas, modos de fazer e gastronomia, não apenas do Serro e seus distritos (Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras e Mato Grosso), como dos municípios de Alvorada de Minas, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas, Serro e Rio Vermelho. Para a elaboração dos textos, mapas ilustrações e imagens, foi realizada uma vasta pesquisa histórica, bibliográfica e de campo, durante um ano de atividades.
SETENÁRIO DAS DORES DE NOSSA SENHORA
O Setenário das Dores de Nossa Senhora refere-se ao conjunto das cenas dolorosas na vida de Maria, mãe de Jesus, citadas nos Evangelhos. A devoção a estas dores foi incentivada pelo papa Bento XIII, em 1727. Em Portugal, foi organizada pela Congregação do Oratório, por meio do qual chegou a Vila Rica, hoje Ouro Preto, ainda no século XVIII. Tornou-se uma das mais populares tradições religiosas de Minas Gerais. O rito do setenário ocorre durante os sete dias que antecedem a Semana Santa.
Esta devoção inspirou muito dos maiores artistas mineiros em todos os campos da arte. São várias as composições musicais para o hino Stabat Mater, que descreve, especificamente, a quinta dor. Também são várias as representações destas cenas na imaginária e na decoração dos tempos mineiros. Por fim, na literatura, esta devoção atinge o seu ápice na obra Setenário das Dores de Nossa Senhora, do poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), que ganha agora a terceira edição pela editora Casa Sol Invictus.
Nascido em Ouro Preto e tendo vivido também em Conceição do Mato Dentro e Mariana, Alphonsus de Guimaraens é considerado, por estudiosos, o maior poeta espiritualista cristão em Língua Portuguesa. Sendo, ainda hoje, pouco conhecido do grande público, o propósito desta edição, que faz parte do projeto Oratório do Verbo Barroco, é divulgar esta que é a obra magna do poeta. Trata-se de um conjunto de 51 sonetos, sendo sete para cada uma das Dores de Nossa Senhora, mais uma antífona (introdução a um canto religioso) e uma epífona (encerramento).
A EDITORA
A Casa Sol Invictus é um núcleo de produção cultural focado na divulgação e salvaguarda do Patrimônio Cultural Mineiro. No caso da reedição do Setenário das Dores de Nossa Senhora, obra-prima do poeta simbolista Alphonsus de Guimaraens, patrono da Academia Mineira de Letras e pouco conhecido em Minas, o foco é o Patrimônio Imaterial representado pela Literatura de inspiração religiosa do poeta e sua referência às Celebrações de Nossa Senhora ou Festas Marianas que, ainda hoje, são as mais populares e tradicionais manifestações da religiosidade mineira e que formam a base da nossa cultura.
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