Resenha da Semana: Harry Potter e o Cálice de Fogo, de J. K. Rowling

Resenha da Semana: Harry Potter e o Cálice de Fogo, de J. K. Rowling

BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS
Setor de Empréstimo Domiciliar

ROWLING, J. K. Harry Potter e o cálice de fogo.  Rio de Janeiro: Rocco, 2015. 535 p.

Joanne Kathleen Rowling nascida nas proximidades de Bristol, na Inglaterra, é escritora, roteirista e produtora cinematográfica. Ganhou notoriedade ao escrever uma das sagas mais conhecidas no mundo inteiro. Recebeu diversos prêmios e vendeu mais de 500 milhões de cópias de seus livros. Esse é o quarto livro da saga do famoso bruxo Harry Potter.

Em Harry Potter e o Cálice de Fogo, entramos em um mundo onde nosso querido Harry enfrentará muitas situações de perigo, não que ele não tenha enfrentado nesses três anos que se passaram, mas é preciso dizer que as aventuras que esperam o jovem bruxo nesse quarto ano em Hogwarts surpreenderão a todos. Avançamos no tempo com a narrativa e acompanhamos, de forma gradativa, o crescimento de Harry e dos jovens bruxos da nossa querida escola de Hogwarts.

A todo tempo vemos que Harry tem um destino e tanto à sua espera, e que seu maior inimigo, Lord Voldemort está cada vez mais próximo de retornar. Apesar dessa ideia não ser sustentada por muitas pessoas, afinal, para todos os bruxos, Voldemort morreu na noite em que tentou matar Harry Potter. Infelizmente seu retorno está mais próximo do que todos imaginam.

Harry retorna à casa de seus adoráveis tios, e algo um pouco estranho começa a acontecer na vida do garoto. Sua cicatriz, ela começa a doer com uma certa frequência e intensidade, mas ele não dá muita bola pra isso, afinal, muitas coisas estranhas sempre aconteceram com ele, e o mesmo estava ansioso com outras coisas, por exemplo, quando os Weasley chegam para buscá-lo.

Assim que os Weasley chegam, Harry se anima outra vez, estava com saudade de seus melhores amigos e estava extremamente ansioso para assistir à Copa Mundial de Quadribol. Ele era simplesmente apaixonado pelo esporte e seria seu primeiro evento no mundo bruxo. Nunca assistira a um torneio e não sabia exatamente o que esperar.
Durante a partida final, algo surpreendente acontece: a Irlanda ganha a Copa Mundial, de forma inesperada, mesmo com o apanhador do time rival, o querido Viktor Krum, tendo pego o Pomo de Ouro, (uma bola especial dourada com asas, que concede 150 pontos ao time que conseguir pegá-lo) mas nem isso foi suficiente para que o time da Bulgária vencesse o jogo, pois o time da Irlanda havia feito 170 pontos.

A torcida da Irlanda estava em festa; foi uma vitória mais do que merecida, e todos estavam felizes voltando em paz para seus acampamentos, quando um tumulto aconteceu. Muitos gritos de pavor se misturaram aos gritos de alegria e comemoração; nesse momento, o senhor Arthur Weasley percebeu que algo estava errado e após averiguar a situação, pede que seus filhos se protejam, pois os Comensais da Morte retornaram e isso não era um bom sinal.

Além de os seguidores de Lord Voldemort terem humilhado e quase ocasionado a morte de alguns trouxas, eles fizeram a pior coisa que qualquer bruxo poderia fazer em sua vida: conjurar no céu o feitiço da Marca Negra. A imagem de um crânio verde cintilante e uma serpente saindo de sua boca, era a marca dos seguidores de Lord Voldemort e ela não era vista há 13 anos.

Assim que as crianças retornam para a escola, algo novo as surpreende: a escola sediaria o Torneio Tribruxo, um evento que reúne as três grandes escolas de bruxaria da Europa: Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. O Torneio consistia em três grandes tarefas e o campeão levaria para casa a taça do Torneio e 1000 galeões. O evento irá acontecer porque foram feitos ajustes nas regras, sendo a principal delas a proibição da inscrição de jovens abaixo de 17 anos, o que possibilitou o retorno  do Torneio após 202 anos de sua paralisação, devido ao elevado número de mortos.

O Cálice de Fogo era o responsável por receber as inscrições dos alunos e em determinado dia ele escolheria os três campeões, cada um representando uma escola, podendo ser menino ou menina. Mas como nada na vida de Harry são flores, algo extremamente inusitado acontece no dia de revelar os três competidores. Após o diretor de Hogwarts ler em voz alta os três representantes das escolas, o Cálice escolhe mais um nome, e é claro que o escolhido foi Harry Potter, e como a regra da competição era clara, os nomes escolhidos pelo Cálice teriam a obrigação de participar do evento, independente de quem fosse. E a pergunta que fica é: quem colocou o nome de Harry no cálice? E por que raios alguém faria isso ao garoto?!

Nesse meio tempo, os jovens estão enfrentando variados conflitos dentro e fora do torneio. Harry e Rony acabam se estranhando pela primeira vez e acabam tendo uma leve rachadura em sua amizade. Rony sempre viveu à sombra de seus irmãos e mais um ano estava à sombra de Harry, o garoto prodígio e que agora tinha a possibilidade de ter a glória eterna e se tornar campeão de um dos torneios mais importantes do mundo bruxo, tudo isso somado à desconfiança de Rony de que Harry colocou sim seu nome no Cálice e o pior foi que ele não contou ao melhor amigo. Tudo acaba sendo esclarecido no final, pois não fazia o menor sentido Harry ter colocado seu nome para participar de um torneio que já foi responsável por causar muitas mortes no passado.

Pra piorar a vida de Harry, ele tem que tentar escapar de todas as formas da jornalista intrometida que vivia em sua cola, ignorando muitas vezes os outros competidores, dando crédito somente para Harry e suas vitórias, que foram conquistadas muitas vezes com ajuda tanto de Cedrico, quanto de Dobby, o elfo doméstico. Há também uma grande aproximação entre Harry e Sirius, apesar de seu padrinho estar escondido após sua fuga de Azkaban. Eles mantêm contato e ele enxerga em seu padrinho a possibilidade de ter uma vida diferente e até mesmo mais feliz, longe dos Dursley.

Harry enfrenta os desafios que foram escolhidos pela banca do Ministério da Magia e cumpre as tarefas da melhor forma possível, às vezes acabando quase em último lugar, mas recebendo pontos extras por sua maravilhosa fibra moral. O garoto conquista os pontos necessários e fica em segundo lugar, abrindo vantagem para alcançar a vitória que seria disputada em um labirinto.

Essa última tarefa foi bem especial. A taça do torneio foi colocada no meio do labirinto por um dos professores e somente esse professor sabia onde ela estava. A missão era simples: encontre a taça e você será o grande campeão do torneio. É aí que as coisas acabam acontecendo de uma forma não muito agradável tanto para Harry quanto para Cedrico. A taça era a chave de um portal, e os dois garotos foram transportados para um lugar misterioso, que Harry já havia visitado em sonhos.
Duelos e mortes ocorrem nesse lugar e a pior coisa que poderia acontecer, tanto para Harry quanto para todo o mundo bruxo se torna realidade: Lord Voldemort retorna. Com muito mais poder do que antes, muito mais sede de vingança e sem nenhum escrúpulo.

Esse livro não é diferente dos anteriores. Ele tem o poder de nos prender e de nos envolver nas histórias narradas. A cada capítulo coisas surpreendentes acontecem tanto a Harry quanto às pessoas que estão ao seu redor. Nos envolvemos com os personagens, torcemos por eles e nos emocionamos a cada desfecho. E as perguntas que ficam são a seguintes: será que esse é o fim de Harry Potter? O que será que acontece ao nosso querido jovem bruxo? Ele consegue avisar a todos que Lord Voldemort voltou? Ele consegue escapar dessa emboscada?
 

Resenha por: Laura de Freitas Tartaglia Reis
Servidora do Setor de Empréstimo da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

 

 
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