Resenha da Semana: Orgulho e preconceito, de Jane Austen

Resenha da Semana: Orgulho e preconceito, de Jane Austen

BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS
Setor de Empréstimo Domiciliar
 
AUSTEN, Jane. Orgulho e preconceito. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. 430 p.

Jane Austen nasceu em Steventon, Inglaterra, em 16 de dezembro de 1775, e faleceu em Winchester, também na Inglaterra em 18 de julho de 1817. Talvez seja uma das escritoras inglesas mais conhecidas no mundo inteiro, responsável por grandes títulos clássicos que são estudados e lidos até hoje em vários países. Sendo de uma família que promovia a aprendizagem, a leitura e as letras, Austen desenvolveu um talento especial que a levou ao desejo de compor textos nos quais sempre são representados os valores familiares que ela achava importantes. Jane nunca se casou e morreu jovem, mas seus livros são uma herança preciosa e impressionam pelo caráter feminista, inédito para a época.

Orgulho e Preconceito é uma das obras mais conhecidas da autora e já teve diversas adaptações para o cinema e para a televisão. Neste romance, Austen conta a história da família Bennet, composta por marido, mulher e cinco filhas (Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia). A família vive em uma zona rural na Inglaterra do século XIX, época em que o livro foi publicado pela primeira vez. A mãe das meninas tem como única preocupação na vida casar todas as filhas, uma vez que sem nenhum filho homem, quando seu marido morrer, pelas leis inglesas da época, todas ficariam desamparadas financeiramente, sendo o casamento abastado a única saída para uma vida tranquila e confortável.

Elizabeth, a segunda filha, é a protagonista da trama, e diferente de suas outras irmãs, não está preocupada com casamento, para desespero e frustração de sua mãe, que não se dá bem com a filha. Lizzie, como é chamada pela família, tem personalidade forte, assim como suas convicções, é orgulhosa e carrega duras críticas quanto às convenções sociais de sua época, tendo outras ambições para si, além do esperado papel de esposa e mãe.

Com a chegada de dois jovens solteiros e ricos à pequena cidade interiorana, Mr.Bingley e Mr.Darcy, a família Bennet se agita e a mãe vê a perfeita oportunidade de casar bem as filhas, fazendo de tudo para que as famílias se aproximem, tomando, inclusive, atitudes questionáveis para a etiqueta da época. Mr. Bingley se apaixona pela filha mais velha, Jane, menina tímida que também se encanta por ele. Tudo parece se encaminhar até que, pela influência de sua irmã e pelos conselhos de seu amigo, Bingley se afasta e sai da cidade sem qualquer explicação, deixando Jane arrasada. Darcy, por sua vez, se apaixona por Elizabeth, mas, por conta de seu preconceito às origens mais humildes da moça e à sua arrogância, o romance entre os dois não acontece, principalmente depois que Lizzie descobre que ele ajudou Bingley a se afastar de sua irmã.

O livro narra os rumos diferentes que as irmãs seguem e a angústia de Elizabeth ao perceber que ama um homem arrogante que repudia tanto. Após um encontro esclarecedor na casa da tia de Darcy, este escreve uma carta a Lizzie para explicar suas atitudes em relação a ela e à sua família, o que muda totalmente o julgamento da moça. Em um final feliz, Jane acaba se casando com Mr. Bingley e Elizabeth, enfim, aceita seu amor por Mr. Darcy, superando seu orgulho enquanto ele supera seu preconceito.

Leitura leve e extremamente encantadora, Orgulho e Preconceito, apesar de ter sido escrito no século XIX, ainda traz para os dias de hoje questões muito atuais relacionadas ao amor e ao papel da mulher dentro da sociedade.

 

Resenha por Raquel Gervásio de Marco 
Servidora do Setor de Empréstimo Domiciliar da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

 
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