Resenha da Semana: A maldição do tigre, de Colleen Houck

Resenha da Semana: A maldição do tigre, de Colleen Houck

BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS
Setor de Empréstimo Domiciliar

HOUCK, Colleen. A maldição do tigre. São Paulo: Arqueiro, 2013. 287 p.

Colleen Houck é uma leitora voraz que adora títulos de ação, aventura, temas paranormais, ficção científica e romance. Ela entrou para a lista de livros mais vendidos do The New York Timescom a série A maldição do tigre, que já vendeu cerca de 650 mil exemplares no Brasil. A obra teve os direitos adquiridos pela Paramount Pictures. Também é autora da série Deuses do Egito. Colleen estudou na Universidade do Arizona e trabalhou como intérprete de língua de sinais durante 17 anos.
 
Ela mora em Salem, no Oregon, com o marido e uma imensa coleção de tigres de pelúcia. A série é dividida entre 4 livros originais (A Maldição do Tigre, O Resgate do Tigre, A Viagem do Tigre e O Destino do Tigre) e, há pouco tempo, foi lançado um quinto, denominado O Sonho do Tigre.
 
Kelsey Hayes é uma jovem de 17 anos que perdeu seus pais em um acidente de carro e agora mora com pais adotivos. Tendo que conseguir um emprego de verão, ela aceita trabalhar por duas semanas em um circo, como cuidadora de animais. E acaba tendo que cuidar da grande atração do circo: o imponente tigre branco, Dhiren. Ela sente uma estranha conexão com o animal, e quando o tigre é comprado por um misterioso homem interessado em levá-lo para um reserva de tigres na Índia, Kelsey aceita o trabalho de acompanhá-lo até o local.
 
Mas a viagem não ocorre conforme o planejado, e ela e o tigre ficam perdidos numa floresta Indiana. E lá, ela descobre que seu amado tigre é na verdade um príncipe do Império Mujulaain, que há mais de 300 anos foi traído e amaldiçoado. Agora, ele precisa de sua ajuda para recuperar as quatro partes do amuleto do Tigre Daemon, pertencente à Deusa Durga, para poder quebrar a maldição. Só que essa jornada não será tão simples assim, já que, além de tentar localizar os pedaços do amuleto, eles terão que enfrentar as diversas criaturas mitológicas que os guardam.
 
Os elementos da cultura indiana e hindu foram bem implementados na história. A mitologia indiana/hindu também está bem estruturada dando o ritmo e o conteúdo para o enredo. Kelsey e Dihren passam por poucas e boas para decifrar o que tem que ser feito para quebrar a maldição e, mesmo quando decifram parte do enigma, descobrem que ainda não conseguiram quebrar 100% da maldição.
 
Temos todos os elementos aqui de um livro para jovens: ação, triângulo amoroso, homens lindos, perfeitos e exemplos de masculinidade. É uma jovem que se acha feia mas que na verdade é linda e tem todos os homens a seus pés. Chega a ser cansativo encontrar essa mesma fórmula livro atrás de livro.
 
Desde Harry Potter, não tenho encontrado muitos autores que tenham conseguido colocar a história acima dessa fórmula batida em um livro para jovens. Houck escreve muito bem, suas descrições são bem colocadas e facilitam ao leitor visualizar a cena.
 
A Maldição do Tigre é indicado para quem gosta de uma leitura bem interessante, com uma cultura diferente muitíssimo bem trabalhada – e para quem tem paciência com protagonistas mimizentas e chatas, porque a Kelsey é osso duro de roer. Não que Kelsey ou Dihren sejam mimados, infantis e chatinhos mas certamente agem assim de vez em quando. Nesse sentido, eu diria que ela precisaria ter trabalhado melhor o crescimento desses personagens.
 

Resenha por Thayane Luiza Zschaber de Oliveira
Estagiaria do Setor de Empréstimo da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

 
 

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